terça-feira, 17 de maio de 2016

PROBLEMAS AFRICANOS




  

Quais os maiores problemas enfrentados pela África atualmente?

A África é o continente mais pobre do planeta e onde se concentram grandes desigualdades e problemas políticos, econômicos e sociais. Alguns deles são: SUBDESENVOLVIMENTO – Este é um dos principais problemas africanos, resultado de sua forma de colonização por séculos. Dos 173 países cujo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi medido pela ONU, a África não tem nenhum entre os 45 do grupo mais desenvolvido. Por outro lado, no grupo dos 35 menos desenvolvidos, 27 pertencem ao continente. GUERRAS – Mais de 20 países africanos estão envolvidos em conflitos armados, com alguns se arrastando há décadas. As disputas armadas pelo poder levaram à desintegração da Somália, que voltou ao estágio pré-colonial em que era governada por chefes locais. REFUGIADOS – São 6,3 milhões no continente, correspondendo a um terço do total mundial, para uma região que abriga apenas 13% da população do planeta. AIDS – Nove em cada dez portadores do HIV no mundo são africanos. A doença já atingiu 34 milhões de pessoas, das quais 11,5 milhões morreram. FUGA DE CÉREBROS – Mais de 260 mil profissionais qualificados africanos trabalham nos Estados Unidos e na Europa. 

 
  

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

FUNDAMENTOS DE USO DA BÚSSOLA


A bússola é um instrumento essencial para sobrevivência na selva. Junto com um mapa topográfico de boa qualidade da área em que você estiver, saber como usar uma bússola é uma garantia de que você nunca estará perdido. Você pode aprender a identificar os componentes básicos da bússola, ter uma leitura precisa do seu rumo e desenvolver as habilidades necessárias de navegação com alguns passos simples. 







Entenda o layout básico da bússola.
 Enquanto os projetos de bússolas são diferentes, todas as bússolas incluem uma agulha magnetizada que se orienta para os campos magnéticos da Terra. A bússola básica apresenta os seguintes componentes com os quais você deve se familiarizar o mais breve possível:
·         placa base é a base de plástico em que a bússola está inserida.
·         A "'seta de direção"' é uma seta na placa base, apontando para fora do compasso.
·         cápsula é o círculo de plástico transparente que abriga a agulha da bússola magnetizada.
·         marcação dos graus é o disco em torno da bússola que exibe todos os 360 graus do círculo.
·         agulha magnética é a agulha que roda dentro da bússola.
·         seta de orientação é a seta não magnética dentro da cápsula da bússola.

·         As linhas de orientação são aquelas dentro da cápsula da bússola paralelas à seta de orientação.

Azimute:
É o ângulo formado entre a direção Norte e a direção considerada. O Azimute varia de 0º a 360º.

Como tirar um azimute
  1. Em primeiro lugar, nunca use a bússola dentro de carro, perto de objetos metálicos ou circuitos elétricos, pois eles interferem na sua medição.
  2. Segurando a bússola na horizontal, registre o azimute desejado no ANEL GRADUADO, coicidindo o valor em graus com a MARCAÇÃO que tem ao pé da SETA DE DIREÇÃO (ex: na bússola da foto está registrado 360º).
  3. Girar o seu corpo até que a parte vermelha da AGULHA MAGNÉTICA fique alinhada novamente com a SETA-GUIA.Aí, é só caminhar na direção indicada pela SETA DE DIREÇÃO
Veja este vídeo explicativo, sobre o uso da bússola.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

PRIMAVERA ÁRABE

PRIMAVERA ÁRABE - الربيع العربي

Três anos depois do início dos protestos que ficaram conhecidos como Primavera Árabe, o Oriente Médio ainda está em estado de tensão.
Rebeliões ajudaram a derrubar regimes que estavam consolidados há décadas.
As revoltas começaram com manifestações na Tunísia em dezembro de 2010. No dia 17 daquele mês, o vendedor de rua Mohamed Bouazizi se matou, em um ato de protesto contra as condições de vida no país do norte da África.
O ato gerou a mobilização de milhares nas ruas, pressionando o presidente Zine al-Abidine Ben Ali a deixar o poder, em janeiro. Ben Ali estava no poder havia mais de 20 anos.
Se seguiram protestos no Egito, que antecederam a queda do presidente Hosni Mubarak, e a um conflito na Líbia, que resultou no fim do regime de Muammar Khadafi.
A Primavera Árabe também marcou o início do levante na Síria, país que hoje é palco de uma guerra civil envolvendo simpatizantes e opositores do presidente Bashar al-Assad.
Por outro lado, a onda de protestos também teve outras consequências menos previsíveis.
A BBC preparou uma lista de fatos que, segundo analistas, não eram esperados como resultado das revoltas iniciadas em 2011.

. Monarquias superam turbulências

As famílias reais do Oriente Médio tiveram bons resultados com a Primavera Árabe até agora. Isso é verdade tanto na Jordânia quanto no Marrocos e nos países do Golfo Pérsico.
Os governos que caíram ou balançaram tinham um sistema de partido único, com forte aparato de segurança, semelhante ao adotado pela União Soviética.
Cada monarquia reagiu de forma diferente para lidar com protestos internos. O Barein usou dura repressão para lidar com manifestantes Catar aumentou salários no setor público nos primeiros meses de protestos.
Além disso, nos reinos do Golfo, a maior fonte de insatisfação pôde ser rapidamente "exportada": os trabalhadores nas piores condições geralmente são estrangeiros, que podem ter seus vistos de trabalho rapidamente revogados.

. Estados Unidos não são mais determinantes

No começo, os EUA cultivavam relações boas com Egito, Israel e Arábia Saudita em um cenário que parecia estável há anos. Mas no Egito, os americanos não conseguiram acompanhar o ritmo de mudanças, que levou ao poder o islamista Mohammed Morsi, poucos meses depois deposto pelas Forças Armadas.
Os Estados Unidos gostam de eleições, mas detestaram o resultado do pleito no Egito – uma vitória clara da Irmandade Muçulmana. E não gostam de golpes militares (pelo menos não no Século 21), mas se sentem confortáveis com um regime apoiado por militares, desde que eles se comprometam a manter a paz com Israel.
Os Estados Unidos seguem sendo uma superpotência, mas ela não dita mais o rumo do Oriente Médio.

Sunitas contra xiitas

A velocidade na qual os protestos não-armados contra regimes autoritários se transformaram em uma guerra civil na Síria chocou o mundo. Isso elevou as tensões entre os dois grupos em várias outras regiões. Na Síria, a guerra virou praticamente um confronto velado entre o Irã xiita e a Arábia Saudita sunita.
Essa rivalidade causou violência sectária também no Iraque, e pode acabar sendo um dos legados mais duradouros da Primavera Árabe.

. Irã, o vencedor

Ninguém teria conseguido prever que o Irã seria o grande vencedor da Primavera Árabe. No começo do processo, o país ficou marginalizado e enfraquecido com as sanções que vários países impõem devido ao seu programa nuclear.
A Arábia Saudita e Israel estão preocupados com a disposição americana de negociar com o Irã, mas hoje é impossível pensar em uma solução para o conflito sírio sem a participação do país.

 Vencedores e perdedores

Escolher vencedores e perdedores é difícil. Basta olhar para o caso da Irmandade Muçulmana, principal beneficiário com a queda de Hosni Mubarak no Egito.
Poucos meses depois da eleição que conduziu seu líder Mohammed Morsi à Presidência, em junho de 2012, o movimento estava novamente fora do poder, agora por intervenção das Forças Armadas. O movimento parecia um ganhador com a Primavera Árabe, mas agora já não é mais assim.

 Curdos beneficiados

O povo do Curdistão, no Iraque, parecem cada vez mais se beneficiar com a Primavera Árabe, podendo até mesmo conseguir fundar o seu próprio país, um antigo sonho.
Mas o futuro da nação, caso venha a ser formada, não parece fácil, já que os curdos enfrentam resistências com todos os países à sua volta – Síria, Turquia e Irã.

 Mulheres são vítimas

Na Praça Tahrir, no Egito, muitas mulheres foram às ruas para pedir que as mudanças políticas também trouxessem novidades no campo dos direitos humanos.
Mas a decepção das mulheres foi grande. Muitas foram vítimas de agressões e crimes sexuais em público.
Um estudo da Fundação Thomson-Reuters afirma que o Egito é hoje o pior país no mundo árabe para mulheres.

 Impacto superestimado das mídias sociais

No começo dos movimentos, havia bastante entusiasmo na imprensa ocidental sobre o papel do Twitter e Facebook, em parte porque jornalistas ocidentais pessoalmente gostam das mídias sociais.
Estas redes têm papel importante em países como a Arábia Saudita, onde servem para dar vazão às opiniões que são reprimidas pela imprensa oficial.
No começo, elas também tiveram um papel importante nos protestos, mas isso ficou limitado a pessoas mais educadas e bilíngues. Os políticos liberais, que usaram mais intensamente as redes sociais, não ganharam grande apoio nas urnas.
Já canais de televisão por satélite tiveram influência muito maior, chegando a pessoas analfabetas e que não possuem acesso a internet.

 Bolha imobiliária em Dubai

Há uma teoria de que o mercado imobiliário de Dubai chegou a um pico, com pessoas ricas em países instáveis – como Egito, Líbia, Síria e Tunísia – comprando casas e apartamentos em lugares mais seguros, como forma de proteger seu patrimônio.
Esse efeito teria sido sentido também em cidades como Paris e Londres.

De volta à prancheta

O mapa do Oriente Médio desenhado por França e Grã-Bretanha ao final da Primeira Guerra Mundial parece estar evoluindo. Foi nesta época que surgiram países como Síria e Iraque.
Há muitas dúvidas sobre se esses países continuarão existindo na forma atual daqui a cinco anos.
Uma lição antiga que todos parecem estar reaprendendo é de que revoluções são imprevisíveis, e pode levar anos para que se compreenda exatamente as suas consequências.

terça-feira, 6 de maio de 2014

LISTA DE PLANETAS COM MAIOR CHANCE DE TER VIDA


Cientistas formaram uma lista de luas e planetas com mais tendência a abrigar vida extraterrestre.
Entre os mais habitáveis está a lua de Saturno, Titã, e o exoplaneta (que orbita outro sistema, que não o solar) Gliese 581g, que está a 20,5 anos-luz de distância, na constelação de Libra.
No estudo, os autores propuseram dois índices diferentes: um de similaridade com a Terra e outro de planeta habitável.
“A primeira questão é se existem condições como as da Terra, já que sabemos por experiência que elas podem abrigar vida”, comenta o membro do grupo, Dirk Schulze-Makucj, da Universidade Estadual de Washington. “A segunda é se os planetas têm condições que sugerem a possiblidade de outras formas de vida, conhecidas ou não”.
Para a primeira condição, são considerados fatores como tamanho, densidade e distância da estrela pai.
A segunda é diferente: se a superfície é rochosa ou gasosa, e se possui um campo atmosférico ou magnético. Também se leva em conta a energia disponível para qualquer organismo, como luz de uma estrela pai ou interações gravitacionais com outros objetos, que podem aquecer um planeta ou lua internamente.
E finalmente, o segundo critério também analisa a química – como os compostos orgânicos presentes – e se solventes líquidos estão disponíveis para reações químicas.
O valor máximo estipulado para a similaridade com a Terra foi de 1. O maior valor atingido fora do nosso sistema solar foi o de Gliese 581g (que tem a existência colocada em dúvida por alguns astrônomos), com 0,89, e outro exoplaneta orbitando a mesma estrela, o Gliese 581d, com 0,74.
O sistema Gliese 581 tem sido estudado por astrônomos e contém quatro – possivelmente cinco – planetas orbitando uma estrela vermelha anã.
O HD 69830d, um exoplaneta do tamanho de Netuno, que orbita uma estrela diferente na constelação de Puppis, também conseguiu uma boa avaliação (0,6). Pensa-se que ele está na Zona Cachinhos Dourados, uma região ao redor da estrela pai onde as temperaturas superficiais não são nem quentes nem frias para a vida.
Em nosso sistema solar, a maior graduação ficou com Marte (0,7) e Mercúrio (0,6).
Para a segunda questão, da habitabilidade, os resultados foram diferentes. O melhor por aqui foi a lua de Saturno, Titã, que conseguiu 0,64, seguida de Marte (0,59) e a lua de Júpiter, Europa (0,47), que se imagina conter água abaixo da superfície.
No campo dos exoplanetas, os melhores foram novamente Gliese 581g (0,49) e Gliese 581d (0,43).
Nos últimos anos, a busca por planetas habitáveis fora do nosso sistema solar tem subido muitos degraus. O telescópio Kepler, da NASA, lançado em 2009, já encontrou mais de 1.000 candidatos.
Telescópios futuros talvez consigam detectar os chamados “marcadores de vida” na luz emitida pelos planetas, como a clorofila, o pigmento presente nos vegetais.

Lista “Similaridade com a Terra”


Terra – 1,00
Gliese 581g – 0,89
Gliese 581d – 0,74
Gliese 581c – 0,70
Marte – 0,70
Mercúrio – 0,60
HD 69830 d – 0,60
55 Cnc c – 0,56
Lua – 0,56
Gliese 581e – 0,53
Lista “Habitalidade”
Titã – 0,64
Marte – 0,59
Europa – 0,49
Gliese 581g – 0,45
Gliese 581d – 0,43
Gliese 581c – 0,41
Júpiter – 0,37
Saturno – 0,37
Vênus – 0,37
Enceladus – 0,35.


                                    





terça-feira, 9 de abril de 2013


Principais bacias hidrográficas brasileiras
 
 
Bacia do Atlântico Sul 
trecho leste
Bacia do Atlântico Sul  
trecho norte e nordeste
Bacia do Atlântico Sul  
trecho sudeste
Bacia Platina
Bacia do Rio Amazonas
Bacia do Rio São Francisco
Bacia do Rio Tocantins
Fonte: Anuário Estatístico do Brasil - 1992 - FIBGE
Para uma caraterização mais detalhada, selecione a bacia de interesse na legenda ou no mapa.
O Brasil é dotado de uma vasta e densa rede hidrográfica, sendo que muitos de seus rios destacam-se pela extensão, largura e profundidade. Em decorrência da natureza do relevo, predominam os rios de planalto que apresentam em seu leito rupturas de declive, vales encaixados, entre outras características, que lhes conferem um alto potencial para a geração de energia elétrica. Quanto à navegabilidade, esses rios, dado o seu perfil não regularizado, ficam um tanto prejudicados. Dentre os grandes rios nacionais, apenas o Amazonas e o Paraguai são predominantemente de planície e largamente utilizados para a navegação. Os rios São Francisco e Paraná são os principais rios de planalto. De maneira geral, os rios têm origem em regiões não muito elevadas, exceto o rio Amazonas e alguns de seus afluentes que nascem na cordilheira andina.
Em termos gerais, como mostra o mapa acima, pode-se dividir a rede hidrográfica brasileira em sete principais bacias, a saber: a bacia do rio Amazonas; a do Tocantins - Araguaia; a bacia do Atlântico Sul - trechos norte e nordeste; a do rio São Francisco; a do Atlântico Sul - trecho leste; a bacia Platina, composta pelas sub-bacias dos rios Paraná e Uruguai; e a do Atlântico Sul - trechos sudeste e sul.
Bacia do rio Amazonas
Em 1541, o explorador espanhol Francisco de Orellana percorreu, desde as suas nascentes nos Andes peruanos, distante cerca de 160 km do Oceano Pacífico, até atingir o Oceano Atlântico, o rio que batizou de Amazonas, em função da visão, ou imaginação da existência, de mulheres guerreiras, as Amazonas da mitologia grega. Este rio, com uma extensão de aproximadamente 6.500 km, ou superior conforme recentes descobertas, disputa com o rio Nilo o título de mais extenso no planeta. Porém, em todas as possíveis outras avaliações é, disparado, o maior.
Sua área de drenagem total, superior a 5,8 milhões de km2, dos quais 3,9 milhões no Brasil, representa a maior bacia hidrográfica mundial. O restante de sua área dividi-se entre o Peru, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana e Venezuela. Tal área poderia abranger integralmente o continente europeu, a exceção da antiga União Soviética.
O volume de água do rio Amazonas é extremamente elevado, descarregando no Oceano Atlântico aproximadamente 20% do total que chega aos oceanos em todo o planeta. Sua vazão é superior a soma das vazões dos seis próximos maiores rios, sendo mais de quatro vezes maior que o rio Congo, o segundo maior em volume, e dez vezes o rio Mississipi. Por exemplo, em Óbidos, distante 960 km da foz do rio Amazonas, tem-se uma vazão média anual da ordem de 180.000 m3/s. Tal volume d'água é o resultado do clima tropical úmido característico da bacia, que alimenta a maior floresta tropical do mundo.
Na Amazônia os canais mais difusos e de maior penetrabilidade são utilizados tradicionalmente como hidrovias. Navios oceânicos de grande porte podem navegar até Manaus, capital do estado do Amazonas, enquanto embarcações menores, de até 6 metros de calado, podem alcançar a cidade de Iquitos, no Peru, distante 3.700 km da sua foz.
O rio Amazonas se apresenta como um rio de planície, possuindo baixa declividade. Sua largura média é de 4 a 5 km, chegando em alguns trechos a mais de 50 km. Por ser atravessado pela linha do Equador, esse rio apresenta afluentes nos dois hemisférios do planeta. Entre seus principais afluentes, destacam-se os rios Iça, Japurá, Negro e Trombetas, na margem esquerda, e os rios Juruá, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu, na margem direita.

Bacia do rio Tocantins - Araguaia
A bacia do rio Tocantins - Araguaia com uma área superior a 800.000 km2, se constitui na maior bacia hidrográfica inteiramente situada em território brasileiro. Seu principal rio formador é o Tocantins, cuja nascente localiza-se no estado de Goiás, ao norte da cidade de Brasília. Dentre os principais afluentes da bacia Tocantins - Araguaia, destacam-se os rios do Sono, Palma e Melo Alves, todos localizados na margem direita do rio Araguaia. O rio Tocantins desemboca no delta amazônico e embora possua, ao longo do seu curso, vários rápidos e cascatas, também permite alguma navegação fluvial no seu trecho desde a cidade de Belém, capital do estado do Pará, até a localidade de Peine, em Goiás, por cerca de 1.900 km, em épocas de vazões altas. Todavia, considerando-se os perigosos obstáculos oriundos das corredeiras e bancos de areia durante as secas, só pode ser considerado utilizável, por todo o ano, de Miracema do Norte (Tocantins) para jusante.
O rio Araguaia nasce na serra das Araras, no estado de Mato Grosso, possui cerca de 2.600 km, e desemboca no rio Tocantins na localidade de São João do Araguaia, logo antes de Marabá. No extremo nordeste do estado de Mato Grosso, o rio dividi-se em dois braços, rio Araguaia, pela margem esquerda, e rio Javaés, pela margem direita, por aproximadamente 320 km, formando assim a ilha de Bananal, a maior ilha fluvial do mundo. O rio Araguaia, é navegável cerca de 1.160 km, entre São João do Araguaia e Beleza, porém não possui neste trecho qualquer centro urbano de grande destaque.

Bacia do Atlântico Sul - trechos norte e nordeste
Vários rios de grande porte e significado regional podem ser citados como componentes dessa bacia, a saber: rio Acaraú, Jaguaribe, Piranhas, Potengi, Capibaribe, Una, Pajeú, Turiaçu, Pindaré, Grajaú, Itapecuru, Mearim e Parnaíba. Em especial, o rio Parnaíba é o formador da fronteira dos estados do Piauí e Maranhão, por seus 970 km de extensão, desde suas nascentes na serra da Tabatinga até o oceano Atlântico, além de representar uma importante hidrovia para o transporte dos produtos agrícolas da região.

Bacia do rio São Francisco
A bacia do rio São Francisco, nasce em Minas Gerais, na serra da Canastra, e atravessa os estados da 88Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O rio São Francisco possui uma área de drenagem superior a 630.000 km2 e uma extensão de 3.160 km, tendo como principais afluentes os rios Paracatu, Carinhanha e Grande, pela margem esquerda, e os rios Salitre, das Velhas e Verde Grande, pela margem direita. De grande importância política, econômica e social, principalmente para a região nordeste do país, é navegável por cerca de 1.800 km, desde Pirapora, em Minas Gerais, até a cachoeira de Paulo Afonso, em função da construção de hidrelétricas com grandes lagos e eclusas, como é o caso de Sobradinho e Itaparica.

Bacia do Atlântico Sul - trecho leste
Da mesma forma que no seu trecho norte e nordeste, a bacia do Atlântico Sul no seu trecho leste possui diversos cursos d'água de grande porte e importância regional. Podem ser citados, entre outros, os rios Pardo, Jequitinhonha, Paraíba do Sul, Vaza-Barris, Itapicuru, das Contas e Paraguaçu. Por exemplo, o rio Paraíba do Sul está localizado entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, os de maior significado econômico no país, possui ao longo do seu curso diversos aproveitamentos hidrelétricos, cidades ribeirinhas de porte, como Campos, Volta Redonda e São José dos Campos, bem com industrias importantes como a Companhia Siderúrgica Nacional.

Bacia Platina, ou dos rios Paraná e Uruguai
A bacia platina, ou do rio da Prata, é constituída pelas sub-bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai, drenando áreas do Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. O rio Paraná possui cerca de 4.900 km de extensão, sendo o segundo em comprimento da América do Sul. É formado pela junção dos rios Grande e Paranaíba. Possui como principais tributários os rios Paraguai, Tietê, Paranapanema e Iguaçu. Representa trecho da fronteira entre Brasil e Paraguai, onde foi implantado o aproveitamento hidrelétrico binacional de Itaipu, com 12.700 MW, maior usina hidrelétrica em operação do mundo. Posteriormente, faz fronteira entre o Paraguai e a Argentina. Em função das suas diversas quedas, o rio Paraná somente possui navegação de porte até a cidade argentina de Rosário.
O rio Paraguai, por sua vez, possui um comprimento total de 2.550 km, ao longo dos territórios brasileiro e paraguaio e tem como principais afluentes os rios Miranda, Taquari, Apa e São Lourenço. Nasce próximo à cidade de Diamantino, no estado de Mato Grosso, e drena áreas de importância como o Pantanal mato-grossense. No seu trecho de jusante banha a cidade de Assunción, capital do Paraguai, e forma a fronteira entre este país e a Argentina, até desembocar no rio Paraná, ao norte da cidade de Corrientes.
O rio Uruguai, por fim, possui uma extensão da ordem de 1.600 km, drenando uma área em torno de 307.000 km2. Possui dois principais formadores, os rios Pelotas e Canoas, nascendo a cerca de 65 km a oeste da costa do Atlântico. Fazem parte da sua bacia os rios Peixe, Chapecó, Peperiguaçu, Ibicuí, Turvo, Ijuí e Piratini.
O rio Uruguai forma a fronteira entre a Argentina e Brasil e, mais ao sul, a fronteira entre Argentina e Uruguai, sendo navegável desde sua foz até a cidade de Salto, cerca de 305 km a montante.

Bacia do Atlântico Sul - trechos sudeste e sul
A bacia do Atlântico Sul, nos seus trechos sudeste e sul, é composta por rios da importância do Jacuí, Itajaí e Ribeira do Iguape, entre outros. Os mesmos possuem importância regional, pela participação em atividades como transporte hidroviário, abastecimento d'água e geração de energia elétrica. 

terça-feira, 2 de outubro de 2012